Revista Viver Brasil


Restaurante Benvindo

Aconchegante e de dimensões modestas, o restaurante Benvindo, na rua São Paulo, 2.397, em Lourdes, mais parece um bistrô francês. E foi nessa fonte que o chef e proprietário Paulo Henrique Vasconcellos foi buscar inspiração para montar a casa há quase um ano. “A decoração foi pensada a partir dos bistrôs parisienses. É um res­taurante que chamo de cozinha moderna, com comida autoral. Sou eu que crio e executo tudo”,, diz. Segundo ele, os sabores que desenvolve têm influência de culturas diferentes, com predomínio da francesa e da espanhola. “O diferencial daqui é a comida boa, a proposta de fazer algo diferente.”

Em uma noite do início do mês de maio, ele recebeu Carlos Mesquita, diretor de Re­lações Públicas da Lacqua di Fiori, com a amiga, a publicitária Vânia Passolongo, para mostrar um dos menus da casa. Foi oferecido aos convidados, salada caprese morna, badejo com shimeji e purê de couve-flor, costeleta de cordeiro com cuscuz do oriente e, como sobremesa, ovos neva­dos crocantes.

Antes, um caldinho verde de boas vindas e, depois, o couvert da casa: tomate, manteiga de portini, azeite de baunilha e carpaccio da casa com salsa de maçã verde e nozes. O acompa­nha­mento eram pães artesanais feitos por um amigo italiano do chef.

De primeira, a impressão agradou a Carlos e Vânia. “É um lugar belíssimo e agradável. É mais intimista. Gosto de local assim”, disse Carlos. O couvert também foi aprovado. “Tem um toque no carpaccio que é muito bom”, destacou Vânia. “É de muito bom gosto a salsa de maçã verde com nozes”, completou Carlos. Caiu no gosto dos convidados a manteiga de portini e, claro, os pães do italiano.

As primeiras refeições dos convidados foram acompanhadas pelo pró-seco Terre Casonato. O chef havia pensado em fazer harmonização com pró-seco e vinhos branco e tinto. Mas, por escolha de Carlos e Vânia, o vinho branco foi retirado. Com relação à bebida, os dois destacaram a temperatura. “Está muito gelado. Na maioria das vezes, os restaurantes servem quente. É raro quando servem gelado assim. Muito bom”, disse Carlos.

Partindo para a refeição em si, chega a salada caprese morna, que é uma adaptação do chef ao tradicional prato. Tomate grelhado na brasa e finalizado no forno, mussarela de búfala, perto de rúcula e pasta base de azeitona. Para os dois, ser quente foi uma surpresa. “Divina, excelente. Foi feita uma combinação perfeita do pesto com a azeitona”, observou Carlos. Para Vânia, a preocupação em dar um toque diferente a uma salada trivial faz a diferença.

Segue o primeiro prato. O badejo com shimeji e purê de couve-flor veio acompanhado por molho cítrico. Outra combinação perfeita, na opinião de Carlos, que também se surpreendeu com o purê de couve-flor, que ele ainda não conhecia. “Apesar de serem coisas diferentes, houve uma harmonização perfeita”, disse. Vânia somente concordou com o amigo. “Faço minhas as palavras dele”. O prato principal, costeleta de cordeiro com molho da própria carne de cordeiro e cuscuz do oriente, feito com caldo de especiarias e amendoim torrados, foi acompanhado de vinho Malbec. “O cordeiro está extremamente macio. O prato todo é muito aromático”, destacou Vânia. Para Carlos, o chef “fechou com chave de ouro”.

Mas ainda faltava a sobremesa. Os ovos nevados com chocolate, creme inglês e farofa crocante de caramelo e castanha de caju chegaram acompanhados de vinho Chateau Du Levant, apropriado para sobremesas. Segundo Vânia, o sabor do doce era leve e bom. Carlos chamou a atenção para a composição da sobremesa e de todos os pratos em geral. “Todos primam pelo visual. Isso conta muito porque, primeiro, se come com os olhos.” Ao final, a nota dos convidados, de um a dez, foi 11. “Aqui é chique e simples. O atendimento é um primor. Excelente”, disse Carlos. Vânia ainda destacou outro ponto positivo da casa: “A carta de vinhos é pequena e bem selecionada. Depois desse jantar, o restaurante ganhou dois clientes.”

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